Em conversa com uma amiga que atravessa uma fase difícil, vi-me no papel de lhe sugerir uma série de coisas que poderiam ajudar melhorar a sua perspectiva das coisas.
Entre elas esteve a importância de celebrar aquilo que de bom temos ou nos acontece na vida!
Explicando: Parece que as pessoas se esquecem cada vez mais de olhar para as coisas boas da vida, de encarar um novo dia com optimismo: ora por causa da crise, ora por causa do trabalho, do stress, daquele colega embirrante, ou por milhares de outras razões. Ocupamos tanto a nossa cabeça com as coisas negativas que nos esquecemos de celebrar aquilo que de bom acontece. E pior ainda, tiramos importância a essas coisas boas. Quando por exemplo alguém nos responde: "ah, isso foi bom mas agora não interessa!", está a subverter aquilo que devia fazer para a sua vida. Devia dar mais importância a um acontecimento bom do que a um mau, e não devia apagar o acontecimento bom da cabeça só porque, no momento, até está a braços com uma qualquer chatice!
Todos os dias nos acontecem coisas boas. Grandes ou pequenas. Só temos que as saber abraçar e celebrar!
Sim, celebrar! Contar a alguém o que nos aconteceu imediatamente após, ainda em estado de euforia, mesmo que isso pareça o diálogo mais esquisito do mundo, é uma das melhores celebrações para o bom da vida...
Cuidado ao virar da esquina. As coisas boas espreitam mas, ou temos mesmo uma muito boa sorte, ou se não as virmos passam por nós e não voltam!
Da próxima vez que estiverem a braços com uma coisa má, celebrem uma ou várias boas! Os filhos, a casa, a árvore, a comida, o sol... aquele sorriso na rua... uma piada... tanta coisa... .
Hoje ajudei uma amiga, ajudei-me a mim mesmo, acordei ao lado da pessoa de quem gosto e, entre outras coisas, estes são motivos de sobra para me sentir feliz! E celebrar! As coisas más? Quem dá importância a isso?
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
Saudades do Verão... Já!

Já é Verão outra vez?
É que pelo menos no Verão não há crises, nem dificuldades, nem bancos a falir, nem Assembleia da República, nem processos judiciais, nem neve, nem famílias a apertar o cinto, nem compras de Natal, nem LUZES de Natal (por favor, desliguem o interruptor!), nem chuva, nem política, nem TVI (ah, não!... esses não vão de férias...) nem Primeiro Ministro ("Esta medida é muito importante para os Portugueses, pois com os ouvidos limpos..." - era bom, era!), nem Presidente, nem petróleo, nem presidentes de bancos a meter o dedo na massa (o dedo é uma expressão, já se vê!), nem Carlos Cruz, nem Ministra de Educação, nem Professores ou escolas (fechadas!), nem Mário Nogueira (alguém lhe diga para cortar aquele bigode! Se algum estrangeiro vê isto ainda pensa que Portugal é um país de actores porno dos anos 80!), nem Jorge Pedreira (sr. secretário, sofre do mesmo problema do nosso Primeiro, conheço um bom otorrino!), nem... nem...
Estou cansado só de pensar no que vou escrever...
Agito
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Autismo, Governo e Sarcófagos
Tenho estado de férias. Não do trabalho mas de outras coisas. Férias!
Mas não me aguento. É mais forte que eu!
Lembram-se daquele filme com o Dustin Hofman e o Tom Cruise em que o primeiro fazia papel de autista? Uma representação maravilhosa. Quase, quase real. Pois bem, este governo parece-me o Dustin Hofman, abanando, abanando para a frente e para trás, sem ouvir, vivendo numa realidade sua e só sua.
Ou então estão todos com a cabeça enterrada na areia para não ver (nem cheirar) a merda que andam a fazer!
O que mais impressiona este vosso interlocutor, é o facto de, apesar de tanto assessor de comunicação existir por aí (podem até contratar-me a mim), estas cavalgaduras ainda não aprenderam nada! E também há tantos outros assessores para tanta outra coisa! Especialmente para fazer as coisas bem!
Será assim tão difícil ouvir o que o país tem para dizer? Será assim tão difícil admitir que, se calhar se está a fazer algo errado?
Eu sempre ouvir dizer que o pior cego é o que não quer ver e penso que o pior burro é o que quer continuar ignorante!
Nem me vou dar ao trabalho de dar exemplos das borradas que têm sido feitas pelos nossos queridos governantes, pois são tantas que seria mais fácil enumerar aquilo que têm feito sem causar celeuma!
E por vezes o problema é mesmo a comunicação! Parece que os membros deste governo nem sequer aprenderam a falar!
E o que mais me entristece é que depois vem de lá a líder do maior partido da oposição e.... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!
Acho que foi por isso que os egípcios inventaram as múmias e os sarcófagos...
Mas não me aguento. É mais forte que eu!
Lembram-se daquele filme com o Dustin Hofman e o Tom Cruise em que o primeiro fazia papel de autista? Uma representação maravilhosa. Quase, quase real. Pois bem, este governo parece-me o Dustin Hofman, abanando, abanando para a frente e para trás, sem ouvir, vivendo numa realidade sua e só sua.
Ou então estão todos com a cabeça enterrada na areia para não ver (nem cheirar) a merda que andam a fazer!
O que mais impressiona este vosso interlocutor, é o facto de, apesar de tanto assessor de comunicação existir por aí (podem até contratar-me a mim), estas cavalgaduras ainda não aprenderam nada! E também há tantos outros assessores para tanta outra coisa! Especialmente para fazer as coisas bem!
Será assim tão difícil ouvir o que o país tem para dizer? Será assim tão difícil admitir que, se calhar se está a fazer algo errado?
Eu sempre ouvir dizer que o pior cego é o que não quer ver e penso que o pior burro é o que quer continuar ignorante!
Nem me vou dar ao trabalho de dar exemplos das borradas que têm sido feitas pelos nossos queridos governantes, pois são tantas que seria mais fácil enumerar aquilo que têm feito sem causar celeuma!
E por vezes o problema é mesmo a comunicação! Parece que os membros deste governo nem sequer aprenderam a falar!
E o que mais me entristece é que depois vem de lá a líder do maior partido da oposição e.... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!
Acho que foi por isso que os egípcios inventaram as múmias e os sarcófagos...
domingo, 19 de outubro de 2008
Sonhos
O que são os sonhos afinal? Porque é que tanta gente tenta destrui-los?
Para mim os sonhos são a base da existência humana. São os sonhos que aguçam a nossa criatividade, que permitem a vida, que permitem que tenhamos um rumo.
Os sonhos fazem parte de todos nós e aqueles que lutam sem os ter, ou esquecendo-os, não conseguem aproveitar a vida. Atravessam-na apenas, deitando os seus sonhos para o fundo da gaveta das recordações.
São pessoas que vivem apenas com a cabeça, que se esquecem do coração, que se esquecem que a vida é feita de equilíbrios em perpétuo movimento. São pessoas que se esquecem do que amam, que fazem os outros esquecer o que amam. Que se esquecem da vida e que fazem os outros esquecer a vida.
A paz interior vem dos nossos sonhos. Os nossos sonhos são a nossa força de existir, o que nos aguenta nos momentos difíceis, nos faz sorrir durante uma tempestade e nos acaricia nas noites frias. São o toque da nossa alma em nós próprios.
Eu sonho. E faço questão disso. Faço questão de que os meus sonhos, aquilo que desejo, me acompanhem. Eles é que me dão a força de que necessito para dar passos em frente e olhar para trás e aprender com o que fiz de bom e de mau.
Não deixem de sonhar, de desejar, de procurar. Não ponham os vossos sonhos e desejos de lado, pois ao fazê-lo vão estar a anular-se enquanto seres. Todos devemos encontrar o nosso equilíbrio e não o esquecer. Não devemos mentir a nós próprios e dizer que é só por um momento que pomos a nossa vontade para trás das costas; esse momento vai prolongar-se e tornar-se enorme, infinito, até ao dia em que é tarde demais.
Sonhar é bom. Querer é bom. Conseguir é uma questão de atitude.
Devemos encontrar-nos no nosso interior. Não devemos fugir de nós, pois estaremos também a fugir dos outros e de tudo o que desejamos.
Agito
E para a boa disposição: http://www.youtube.com/watch?v=UkSPUDpe0U8
Para mim os sonhos são a base da existência humana. São os sonhos que aguçam a nossa criatividade, que permitem a vida, que permitem que tenhamos um rumo.
Os sonhos fazem parte de todos nós e aqueles que lutam sem os ter, ou esquecendo-os, não conseguem aproveitar a vida. Atravessam-na apenas, deitando os seus sonhos para o fundo da gaveta das recordações.
São pessoas que vivem apenas com a cabeça, que se esquecem do coração, que se esquecem que a vida é feita de equilíbrios em perpétuo movimento. São pessoas que se esquecem do que amam, que fazem os outros esquecer o que amam. Que se esquecem da vida e que fazem os outros esquecer a vida.
A paz interior vem dos nossos sonhos. Os nossos sonhos são a nossa força de existir, o que nos aguenta nos momentos difíceis, nos faz sorrir durante uma tempestade e nos acaricia nas noites frias. São o toque da nossa alma em nós próprios.
Eu sonho. E faço questão disso. Faço questão de que os meus sonhos, aquilo que desejo, me acompanhem. Eles é que me dão a força de que necessito para dar passos em frente e olhar para trás e aprender com o que fiz de bom e de mau.
Não deixem de sonhar, de desejar, de procurar. Não ponham os vossos sonhos e desejos de lado, pois ao fazê-lo vão estar a anular-se enquanto seres. Todos devemos encontrar o nosso equilíbrio e não o esquecer. Não devemos mentir a nós próprios e dizer que é só por um momento que pomos a nossa vontade para trás das costas; esse momento vai prolongar-se e tornar-se enorme, infinito, até ao dia em que é tarde demais.
Sonhar é bom. Querer é bom. Conseguir é uma questão de atitude.
Devemos encontrar-nos no nosso interior. Não devemos fugir de nós, pois estaremos também a fugir dos outros e de tudo o que desejamos.
Agito
E para a boa disposição: http://www.youtube.com/watch?v=UkSPUDpe0U8
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
domingo, 28 de setembro de 2008
Recordes da Inutilidade!
Por muito inútil que me sinta às vezes, há quem consiga bater todos os recordes...
Esta notícia está no Correio da Manhã Online (Sítio onde, confesso, vou amiúde para encontrar estas belas pérolas... Vale a pena!)
"07 Abril 2007 - 00h00
Agricultura: Nasceu torta mas desde então não parou de crescer
Couve gigante no Guinness
Teresa Marques chegou há dois anos da Alemanha, onde esteve emigrada mais de duas décadas. Assentou arraiais com a família – marido e dois filhos rapazes – numa simpática moradia com quintal na Margem Sul do Tejo.
“Quando ia às compras via que as hortaliças eram muito caras” e recusava dar três ou quatro euros por uma alface. Comecei a plantar. Não percebia nada de legumes mas decidi que ia fazer a minha horta.” E assim foi. Entre courgettes, couves, alfaces, feijão verde, semeava de tudo um pouco. “Cheguei a ter courgettes com um metro no meu quintal!”, conta divertida.
Há cerca de ano e meio a aprendiz de agricultora plantou uma couve galega. “Não sabia que as couves têm que se enterrar totalmente.” E colheu frutos: nasceu uma couve torta mas que hoje tem 5,05 metros, batendo o máximo oficial do Livro de Recordes do Guinness (que não chega a cinco metros).
“Toda a gente comentava a couve e dizia que devia escrever para o Guinness. Um dos meus filhos foi ver na internet qual era o recorde e é de quatro metros e tal. A nossa é maior e ainda vai crescer mais, por isso decidimos inscrevê-la.” Com a papelada da inscrição quase pronta, a ex-emigrante corre o sério risco de ver a sua couve no Guinness.
OUTROS CASOS
SETE METROS
Em 2005, Marcelino Neves enviou para o CM uma imagem de uma couve portuguesa plantada no seu quintal em Sydney, alegando que esta tinha três anos e media 7,2 metros.
SEIS METROS
Em Dezembro de 2004 o CM fotografou uma couve galega com seis metros plantada em Estribeiro, Alenquer.
TRÊS METROS
No passado dia 27 de Março o CM publicou a foto de uma couve galega que crescia no quintal de Alexandre Oliveira Pais, na Quinta Longa, arredores de Viseu. Tem apenas um ano e três metros."
Aquilo a que acho mais piada é mesmo a parte referente a "Outros Casos"! Melhor que isto só mesmo aquela frase sobre o senhor que tentou travar o ladrão atirando-lhe "uma caixa de feijão verde aos pés."
Por favor...
Esta notícia está no Correio da Manhã Online (Sítio onde, confesso, vou amiúde para encontrar estas belas pérolas... Vale a pena!)
"07 Abril 2007 - 00h00
Agricultura: Nasceu torta mas desde então não parou de crescer
Couve gigante no Guinness
Teresa Marques chegou há dois anos da Alemanha, onde esteve emigrada mais de duas décadas. Assentou arraiais com a família – marido e dois filhos rapazes – numa simpática moradia com quintal na Margem Sul do Tejo.
“Quando ia às compras via que as hortaliças eram muito caras” e recusava dar três ou quatro euros por uma alface. Comecei a plantar. Não percebia nada de legumes mas decidi que ia fazer a minha horta.” E assim foi. Entre courgettes, couves, alfaces, feijão verde, semeava de tudo um pouco. “Cheguei a ter courgettes com um metro no meu quintal!”, conta divertida.
Há cerca de ano e meio a aprendiz de agricultora plantou uma couve galega. “Não sabia que as couves têm que se enterrar totalmente.” E colheu frutos: nasceu uma couve torta mas que hoje tem 5,05 metros, batendo o máximo oficial do Livro de Recordes do Guinness (que não chega a cinco metros).
“Toda a gente comentava a couve e dizia que devia escrever para o Guinness. Um dos meus filhos foi ver na internet qual era o recorde e é de quatro metros e tal. A nossa é maior e ainda vai crescer mais, por isso decidimos inscrevê-la.” Com a papelada da inscrição quase pronta, a ex-emigrante corre o sério risco de ver a sua couve no Guinness.
OUTROS CASOS
SETE METROS
Em 2005, Marcelino Neves enviou para o CM uma imagem de uma couve portuguesa plantada no seu quintal em Sydney, alegando que esta tinha três anos e media 7,2 metros.
SEIS METROS
Em Dezembro de 2004 o CM fotografou uma couve galega com seis metros plantada em Estribeiro, Alenquer.
TRÊS METROS
No passado dia 27 de Março o CM publicou a foto de uma couve galega que crescia no quintal de Alexandre Oliveira Pais, na Quinta Longa, arredores de Viseu. Tem apenas um ano e três metros."
Aquilo a que acho mais piada é mesmo a parte referente a "Outros Casos"! Melhor que isto só mesmo aquela frase sobre o senhor que tentou travar o ladrão atirando-lhe "uma caixa de feijão verde aos pés."
Por favor...
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Pápa, Preservativos e Fiéis
Já chega. É demais!
Passo a explicar. Cortei o cabelo, troquei a vestimenta preta por uma branca, troquei o turbante por um daqueles chapéuzinhos que se botam no alto da cabeça. Continuo a vestir um manto e até tenho um crucifixo ao pescoço! Nem reconhecível nem confundível! Assim pensava eu.
Estava muito descansado em Fátima, a admirar a escadaria e aquelas estátuas todas, sentadinho na boa, numa cadeira que lá estava, quando, de repente um grito alucinado cortou o ar: "O Papa!", alguém berrou a plenos pulmões! Pus-me logo à procura, olhando para trás de mim, pois o grito foi acompanhado de um dedo apontado qual espada esgrimindo o ar na minha direcção. Mas não. Nada atrás de mim. Era eu mesmo...
Não é que me confundiram com o senhor que manda no Vaticano? Eu que até já lá estive e nunca o vi! Impressionante. Devem imaginar o que foi ser o Papa sem o "papamobil" no meio de uma pequena multidão de fieis crentes naquilo que os seus olhos vislumbravam!
Rapidamente se fizeram ouvir os comentários de apresso pelas minhas... perdão... pelas políticas inovadoras do senhor do Vaticano. "Que modernidade as missas em Latim!", "Que espanto receber a hóstia de joelhos!", "Que bom não usar preservativo!"(esta última cheira-me que foi de uma jovem de mini-saia que por ali andava).
Mas estão todos loucos? Para além de mais uma vez me confundirem com outro alguém, ainda vêm com esta conversa de modernidade a dizer que "Assim é que a igreja católica vai ganhar mais adeptos!" (não será mais fiéis?), "Assim é que a igreja vai conquistar a juventude perdida mostrar-lhes o caminho!". Será mesmo?
Esta até nem foi das piores vezes que me confundiram, pois até fiquei inteiro e com mais uns euros no bolso. Mas acho que preferia ser confundido com muitas outras coisas antes de o ser com um Papa que se diz tão moderno, e tão a olhar para a juventude de hoje em dia, e que continua teimosamente a manter os olhos fechados ao que se está a passar no mundo.
Acho que a igreja católica de hoje (fora o comentário) é a mesma que ficou parada no tempo há 100 anos atrás. É que basta sair à rua para um sítio de "diversão nocturna" para perceber que os jovens e as jovens cada vez mais querem o celibato! Mas que porra! Será que não percebem que no meio da coisa toda ainda vão tendo alguma responsabilidade social e que aquilo que condenam como pecado (o uso do preservativo, por exemplo) pode ser a salvação de muitas boas alminhas?
Tudo bem. Lá fiz o meu papel. Já começo a estar habituado a isto de ser confundido com alguém, por muito que tente passar despercebido!
Para a próxima vou tentar que me confundam com um herói da bola! Pode ser que assim renda mais. E nem é muito difícil: ar de parvo, roupa da moda, umas jóias caras, andar de perna aberta e arqueada e... pronto! Qual Cristiano!
Vou-me embora.
Gervásio Piteiras
P.S.: Ninguém tem mesmo ideia de quem é aquela senhora nas fotos?
Passo a explicar. Cortei o cabelo, troquei a vestimenta preta por uma branca, troquei o turbante por um daqueles chapéuzinhos que se botam no alto da cabeça. Continuo a vestir um manto e até tenho um crucifixo ao pescoço! Nem reconhecível nem confundível! Assim pensava eu.
Estava muito descansado em Fátima, a admirar a escadaria e aquelas estátuas todas, sentadinho na boa, numa cadeira que lá estava, quando, de repente um grito alucinado cortou o ar: "O Papa!", alguém berrou a plenos pulmões! Pus-me logo à procura, olhando para trás de mim, pois o grito foi acompanhado de um dedo apontado qual espada esgrimindo o ar na minha direcção. Mas não. Nada atrás de mim. Era eu mesmo...
Não é que me confundiram com o senhor que manda no Vaticano? Eu que até já lá estive e nunca o vi! Impressionante. Devem imaginar o que foi ser o Papa sem o "papamobil" no meio de uma pequena multidão de fieis crentes naquilo que os seus olhos vislumbravam!
Rapidamente se fizeram ouvir os comentários de apresso pelas minhas... perdão... pelas políticas inovadoras do senhor do Vaticano. "Que modernidade as missas em Latim!", "Que espanto receber a hóstia de joelhos!", "Que bom não usar preservativo!"(esta última cheira-me que foi de uma jovem de mini-saia que por ali andava).
Mas estão todos loucos? Para além de mais uma vez me confundirem com outro alguém, ainda vêm com esta conversa de modernidade a dizer que "Assim é que a igreja católica vai ganhar mais adeptos!" (não será mais fiéis?), "Assim é que a igreja vai conquistar a juventude perdida mostrar-lhes o caminho!". Será mesmo?
Esta até nem foi das piores vezes que me confundiram, pois até fiquei inteiro e com mais uns euros no bolso. Mas acho que preferia ser confundido com muitas outras coisas antes de o ser com um Papa que se diz tão moderno, e tão a olhar para a juventude de hoje em dia, e que continua teimosamente a manter os olhos fechados ao que se está a passar no mundo.
Acho que a igreja católica de hoje (fora o comentário) é a mesma que ficou parada no tempo há 100 anos atrás. É que basta sair à rua para um sítio de "diversão nocturna" para perceber que os jovens e as jovens cada vez mais querem o celibato! Mas que porra! Será que não percebem que no meio da coisa toda ainda vão tendo alguma responsabilidade social e que aquilo que condenam como pecado (o uso do preservativo, por exemplo) pode ser a salvação de muitas boas alminhas?
Tudo bem. Lá fiz o meu papel. Já começo a estar habituado a isto de ser confundido com alguém, por muito que tente passar despercebido!
Para a próxima vou tentar que me confundam com um herói da bola! Pode ser que assim renda mais. E nem é muito difícil: ar de parvo, roupa da moda, umas jóias caras, andar de perna aberta e arqueada e... pronto! Qual Cristiano!
Vou-me embora.
Gervásio Piteiras
P.S.: Ninguém tem mesmo ideia de quem é aquela senhora nas fotos?
domingo, 14 de setembro de 2008
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Mar, Areia e Vento
sábado, 6 de setembro de 2008
Neve no Quénia...
Assim aparece esta notícia a 05 de Setembro na página da TSF:
"Brincadeiras na neve no Quénia
Os habitantes no vale Rift, no Quénia, festejaram o primeiro nevão de sempre na região, com batalhas de bolas de neve e um dia com as escolas e escritórios fechados.
A pequena vila de Busara, a 255 kms a noroeste da capital queniana, Nairobi, acordou com um estranho fenómeno na quarta-feira. Uma área de cerca de 1 km quadrado estava coberta de flocos de neve, cobrindo todo o monte com um tapete branco."
Como? Neve no Quénia? Não será isto um daqueles enredos de filme classe Z em que o mau da fita quer mudar o clima do planeta para conquistar o mundo?
Neve no Quénia? Mas onde é que isto vai parar?
Realmente este mundo anda muito agitado...
"Brincadeiras na neve no Quénia
Os habitantes no vale Rift, no Quénia, festejaram o primeiro nevão de sempre na região, com batalhas de bolas de neve e um dia com as escolas e escritórios fechados.
A pequena vila de Busara, a 255 kms a noroeste da capital queniana, Nairobi, acordou com um estranho fenómeno na quarta-feira. Uma área de cerca de 1 km quadrado estava coberta de flocos de neve, cobrindo todo o monte com um tapete branco."
Como? Neve no Quénia? Não será isto um daqueles enredos de filme classe Z em que o mau da fita quer mudar o clima do planeta para conquistar o mundo?
Neve no Quénia? Mas onde é que isto vai parar?
Realmente este mundo anda muito agitado...
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Computador, barbas e bombas
Escrevo-vos do meu novo computador que encontrei na rua. Estava abandonado na mão de um tipo de fatinho estacionado à beira do passeio. Estranhei o computador ali mas, pelo sim pelo não, peguei-lhe antes que mais alguém tivesse a mesma ideia. Não percebi é porque é que o tipo correu atrás de mim! Mas corri mais do que ele, pois parecia que me queria bater. Não percebi.
Mas após uns quantos quarteirões e uns golpes nos pés (continuo com os meus sapatos de estimação já um pouquinho gastos...) o perseguidor lá acabou por desistir. Não sei se se cansou se foi por causa do carro que o atropelou. Mas lá que desistiu, isso sim.
Agora tenho um computador portátil que posso levar para qualquer lado, ainda por cima com um serviço de internet! Fantástico. Para além disso arranjei um novo disfarce: pintei o cabelo de preto, pus uns óculos, deixei crescer a barba em bico (fica muito gira com umas madeixas brancas), comprei um daqueles fatos paquistaneses que os homens lá usam e pus um turbante. Assim não dou nas vistas e sempre posso deixar de olhar por cima do ombro, até porque já me começa a doer o pescoço!
O problema é que este fato não dá muito jeito para correr e no outro dia (aqui há uns tempos) estava no metro e uma senhora que estava à minha frente, que desconfio era uma gatuna, pois olhava muito para a pasta do meu computador e para mim, para ver se eu estava distraído, desatou a gritar "BOMBA" e "TERRORISTA". Que raio de esquema que a mulher havia de arranjar para me gamar o computador! O metro parou, as portas abriram-se e desatou tudo a correr, calcanhares no cu, e eu mal dou dois passos, tropeço e fico ali estendido, debaixo dos pés da multidão em fuga! Ai... Mas o meu computador é que ela não levou!
Estava ainda meio atordoado, vem a policia. Quando pensava que iam ajudar-me a levantar, os simpáticos ainda me prendem! Revistaram-me, tiraram-me o computador e atiraram-me para um carro patrulha! Passei a noite na esquadra e de manhã soltaram-me. "Afinal", pensei,"até foram simpáticos. Queriam só dar-me um sitio para dormir!". Ainda não percebi o que se passou, mas o computador ela não levou! Olha a magana, que raio de esquema havia de inventar!
Recordações! Vou aproveitar a paisagem que passa diante dos meus olhos e desfrutar desta viagem. Até.
Gervásio Piteiras
P.S.: Ninguém sabe mesmo quem é aquela senhora que aparece nas fotos?
Mas após uns quantos quarteirões e uns golpes nos pés (continuo com os meus sapatos de estimação já um pouquinho gastos...) o perseguidor lá acabou por desistir. Não sei se se cansou se foi por causa do carro que o atropelou. Mas lá que desistiu, isso sim.
Agora tenho um computador portátil que posso levar para qualquer lado, ainda por cima com um serviço de internet! Fantástico. Para além disso arranjei um novo disfarce: pintei o cabelo de preto, pus uns óculos, deixei crescer a barba em bico (fica muito gira com umas madeixas brancas), comprei um daqueles fatos paquistaneses que os homens lá usam e pus um turbante. Assim não dou nas vistas e sempre posso deixar de olhar por cima do ombro, até porque já me começa a doer o pescoço!
O problema é que este fato não dá muito jeito para correr e no outro dia (aqui há uns tempos) estava no metro e uma senhora que estava à minha frente, que desconfio era uma gatuna, pois olhava muito para a pasta do meu computador e para mim, para ver se eu estava distraído, desatou a gritar "BOMBA" e "TERRORISTA". Que raio de esquema que a mulher havia de arranjar para me gamar o computador! O metro parou, as portas abriram-se e desatou tudo a correr, calcanhares no cu, e eu mal dou dois passos, tropeço e fico ali estendido, debaixo dos pés da multidão em fuga! Ai... Mas o meu computador é que ela não levou!
Estava ainda meio atordoado, vem a policia. Quando pensava que iam ajudar-me a levantar, os simpáticos ainda me prendem! Revistaram-me, tiraram-me o computador e atiraram-me para um carro patrulha! Passei a noite na esquadra e de manhã soltaram-me. "Afinal", pensei,"até foram simpáticos. Queriam só dar-me um sitio para dormir!". Ainda não percebi o que se passou, mas o computador ela não levou! Olha a magana, que raio de esquema havia de inventar!
Recordações! Vou aproveitar a paisagem que passa diante dos meus olhos e desfrutar desta viagem. Até.
Gervásio Piteiras
P.S.: Ninguém sabe mesmo quem é aquela senhora que aparece nas fotos?
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Nórdicas, Acidentes e o Vaticano
Consegui escapar da ira da vizinhança. Quando fui buscar as malas ainda tive que lutar pela sobrevivência mas um anjo doirado salvou o que restava de mim.
Imediatamente me fiz à estrada. Viajei incógnito por muitos países, por muitas estradas, por muitos caminhos. Conheci muita gente, caras novas, caras velhas, com mais ou menos rugas. Comi de tudo o que consegui apanhar para me alimentar mas o mais indigesto foi aquela corrente de bicicleta cozida com couves. Deixou-me com azia durante três dias.
Vi, andei, procurei, encontrei e perdi. Tive a felicidade de não ser confundido com ninguém de importante (excepto aquela altura em que, quando em França, fui confundido com o Presidente da República deles, o que até deu jeito, pois o Hotel ofereceu-me o quarto durante uma semana, até perceberem o seu erro e tentarem cortar-me a cabeça. Que mania de cortar a cabeça!).
Pelo caminho, encontrei aquele que veio a ser o objecto mais importante de toda a minha viagem: uma máquina fotográfica! Nada daquelas modernices actuais. Uma verdadeira máquina fotográfica, que utiliza rolo. Consegui comprar um único rolo e preparei-me para a reportagem da minha vida!
Fotografei o vale do Loire, os chateus, as maravilhas dos Alpes, aldeias escondidas nos confins da Europa, o Vaticano e todos os segredos que esconde (consegui infiltrar-me nos meandros do Vaticano e espiar todos os entrefolhos e fotografar tudo!), a floresta negra, várias cidades pelo caminho e, finalmente, uma linda Aurora Boreal já no circulo polar da Finlândia.
Bom... foi uma grande viagem. Muitos quilómetros, muita sola de sapato, muito pé descalço, muito choque em cadeia (bastam dois para ser muito! Eu só estava a tentar apertar os sapatos que ainda restavam!)
Agora regressei. Estou de novo no nosso belo Portugal! Não revelo onde porque pode ainda haver alguém com ela fisgada.
No entanto, uma grande tristeza se abateu sobre a minha vida: todas as fotos da minha viagem, dos melhores tempos da minha vida, foram trocadas por umas coisas de um concerto qualquer!
Passo a explicar: na loja de fotografia, o incompetente do anormal que está atrás do balcão, trocou os rolos e agora, aquilo que são obras de arte, fotos primorosas e de extrema importância para a humanidade, estão reduzidas ao espaço da gaveta de um qualquer tótó que gosta de tirar fotos de concertos!
Vou publicar as fotos para que, caso alguém as reconheça me possa contactar e, quem sabe, devolver as originais ao seu legitimo dono!
Muito Obrigado
Gervásio Piteiras
P.S.: Não sei quem é a cantora, mas lá que é baixinha, isso é!
(As fotos estão na mensagem abaixo!)
Imediatamente me fiz à estrada. Viajei incógnito por muitos países, por muitas estradas, por muitos caminhos. Conheci muita gente, caras novas, caras velhas, com mais ou menos rugas. Comi de tudo o que consegui apanhar para me alimentar mas o mais indigesto foi aquela corrente de bicicleta cozida com couves. Deixou-me com azia durante três dias.
Vi, andei, procurei, encontrei e perdi. Tive a felicidade de não ser confundido com ninguém de importante (excepto aquela altura em que, quando em França, fui confundido com o Presidente da República deles, o que até deu jeito, pois o Hotel ofereceu-me o quarto durante uma semana, até perceberem o seu erro e tentarem cortar-me a cabeça. Que mania de cortar a cabeça!).
Pelo caminho, encontrei aquele que veio a ser o objecto mais importante de toda a minha viagem: uma máquina fotográfica! Nada daquelas modernices actuais. Uma verdadeira máquina fotográfica, que utiliza rolo. Consegui comprar um único rolo e preparei-me para a reportagem da minha vida!
Fotografei o vale do Loire, os chateus, as maravilhas dos Alpes, aldeias escondidas nos confins da Europa, o Vaticano e todos os segredos que esconde (consegui infiltrar-me nos meandros do Vaticano e espiar todos os entrefolhos e fotografar tudo!), a floresta negra, várias cidades pelo caminho e, finalmente, uma linda Aurora Boreal já no circulo polar da Finlândia.
Bom... foi uma grande viagem. Muitos quilómetros, muita sola de sapato, muito pé descalço, muito choque em cadeia (bastam dois para ser muito! Eu só estava a tentar apertar os sapatos que ainda restavam!)
Agora regressei. Estou de novo no nosso belo Portugal! Não revelo onde porque pode ainda haver alguém com ela fisgada.
No entanto, uma grande tristeza se abateu sobre a minha vida: todas as fotos da minha viagem, dos melhores tempos da minha vida, foram trocadas por umas coisas de um concerto qualquer!
Passo a explicar: na loja de fotografia, o incompetente do anormal que está atrás do balcão, trocou os rolos e agora, aquilo que são obras de arte, fotos primorosas e de extrema importância para a humanidade, estão reduzidas ao espaço da gaveta de um qualquer tótó que gosta de tirar fotos de concertos!
Vou publicar as fotos para que, caso alguém as reconheça me possa contactar e, quem sabe, devolver as originais ao seu legitimo dono!
Muito Obrigado
Gervásio Piteiras
P.S.: Não sei quem é a cantora, mas lá que é baixinha, isso é!
(As fotos estão na mensagem abaixo!)
terça-feira, 15 de julho de 2008
Medo, muito medo
Ando com medo. É um facto que me persegue e parece dar toques no ombro, como quem me chama sempre que me distraio. Eu explico: a minha vizinha do 7ºesq confundiu-me com um dos elementos do conselho de justiça da Federação Portuguesa de Futebol. Tal confusão na sua cabeça criou uma onda de choque no prédio, no bairro inteiro. Adeptos do FCP e do Boavista não faltam e agora... estou com medo.
Ainda ontem saí descansado para almoçar (coisa que faço com algum prazer em poucos e muito bem seleccionados invictos restaurantes) quando de repente, tinha à minha beira um aglomerado de olhares irados, raiados de sangue e prontos a explodir. As mãos agarravam discretos paus e ferros, com ar de quem se apoia para caminhar. Mas o que mais me assustou foi mesmo a espuma que escorria de algumas bocas.
Não falei. Mesmo que quisesse não conseguía, pois o medo que me subia pelas pernas havia paralisado todo o meu corpo e nem os cabelos mexiam ao sabor do vento. Alguém proferiu uma acusação numa inteligível verbalização, seguida de urros de apoio dos restantes mastodontes e "mastodontas". Sim, porque não pensem que estava com medo dos homens! Não, aquilo que temia era o todo de fêmeas que protegiam a sua prole contra o ataque do mais temível dos predadores!
Cheguei a sentir uma ligeira alteração intestinal, devo confessar. E até agora não sei como, depois da primeira paulada consegui ainda dizer que não era quem pensavam. De pouco me serviu e apenas a intervenção do corpo especial da polícia conseguiu parar aquilo que se seguiu.
Não sei bem onde estou. Pelas máquinas e cor das paredes diria que no hospital.
Não sei bem para onde vou. Pelo que aconteceu diria que nunca mais de volta a casa.
Vou aproveitar e dar uma volta pelo mundo, pode ser que não seja confundido com mais ninguém. Isto nunca me tinha acontecido.
Gervásio Piteiras
Ainda ontem saí descansado para almoçar (coisa que faço com algum prazer em poucos e muito bem seleccionados invictos restaurantes) quando de repente, tinha à minha beira um aglomerado de olhares irados, raiados de sangue e prontos a explodir. As mãos agarravam discretos paus e ferros, com ar de quem se apoia para caminhar. Mas o que mais me assustou foi mesmo a espuma que escorria de algumas bocas.
Não falei. Mesmo que quisesse não conseguía, pois o medo que me subia pelas pernas havia paralisado todo o meu corpo e nem os cabelos mexiam ao sabor do vento. Alguém proferiu uma acusação numa inteligível verbalização, seguida de urros de apoio dos restantes mastodontes e "mastodontas". Sim, porque não pensem que estava com medo dos homens! Não, aquilo que temia era o todo de fêmeas que protegiam a sua prole contra o ataque do mais temível dos predadores!
Cheguei a sentir uma ligeira alteração intestinal, devo confessar. E até agora não sei como, depois da primeira paulada consegui ainda dizer que não era quem pensavam. De pouco me serviu e apenas a intervenção do corpo especial da polícia conseguiu parar aquilo que se seguiu.
Não sei bem onde estou. Pelas máquinas e cor das paredes diria que no hospital.
Não sei bem para onde vou. Pelo que aconteceu diria que nunca mais de volta a casa.
Vou aproveitar e dar uma volta pelo mundo, pode ser que não seja confundido com mais ninguém. Isto nunca me tinha acontecido.
Gervásio Piteiras
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Adrenalina e saraivadas
Está aí a nova moda contra o stress! Nada de especial mas se pega vai ser um sucesso! Falo do movimento lançado no bairro da Quinta da Fonte: Tiro ao Boneco.
Até hoje a actividade de tiro estava reservada a 2 locais: ou as barraquinhas das feiras, com aquelas armas completamente tortas e que nunca acertam em nada; ou nas carreiras de tiro.
Mas, o tiro na carreira não tem piada nenhuma: o alvo não mexe, não dá luta, está ali parado com cara (se a tiver) de parvo. Quanto muito se forem pratos... Agora, na rua?! Isso é que é! Os gajos mexem, disparam de volta, fogem, escondem-se, fazem emboscadas, etc..
Na verdade é uma versão mais actual do jogo "Paintball" e talvez mais barata também. Desta maneira até se pode juntar um outro elemento: a polícia! É um terceiro elemento que nos obriga a reconsiderar estratégias, a tomar novas posições e tácticas. E se estas movimentações todas aumentam a adrenalina e podem aumentar o stress, o momento do disparo ajuda a descarregar todas as tensões e frustrações.
Imaginem só se a moda pega, por exemplo, na Assembleia da República. Era uma beleza. Parece que já estou a ver o Sócrates e o Louçã aos tiros um ao outro, o Portas a refilar, o Gerónimo de machado em punho (ou foice), todos embuscados atrás dos copos de água (água?) e das respectivas cadeiras. Depois a entrada da policia de choque que tentaria dispersar os meliantes com gás lacrimogéneo lançado de posições estratégicas nas galerias. E o povo! Ah o povo! Poderia finalmente levar uma granadita ou outra e lança-la bem lá para o meio. Ou quem sabe uma AK47, para saraivar quem se metesse à frente... Como seria bonito. Podia ser que assim mudassem os políticos que temos...
Não estou a fazer nenhum apelo à violência, descansem as mentes mais impressionadas. Mas estamos a precisar de outra revolução. Uma a sério, que mudasse alguma coisa.
Onde é que isto vai parar?
Até hoje a actividade de tiro estava reservada a 2 locais: ou as barraquinhas das feiras, com aquelas armas completamente tortas e que nunca acertam em nada; ou nas carreiras de tiro.
Mas, o tiro na carreira não tem piada nenhuma: o alvo não mexe, não dá luta, está ali parado com cara (se a tiver) de parvo. Quanto muito se forem pratos... Agora, na rua?! Isso é que é! Os gajos mexem, disparam de volta, fogem, escondem-se, fazem emboscadas, etc..
Na verdade é uma versão mais actual do jogo "Paintball" e talvez mais barata também. Desta maneira até se pode juntar um outro elemento: a polícia! É um terceiro elemento que nos obriga a reconsiderar estratégias, a tomar novas posições e tácticas. E se estas movimentações todas aumentam a adrenalina e podem aumentar o stress, o momento do disparo ajuda a descarregar todas as tensões e frustrações.
Imaginem só se a moda pega, por exemplo, na Assembleia da República. Era uma beleza. Parece que já estou a ver o Sócrates e o Louçã aos tiros um ao outro, o Portas a refilar, o Gerónimo de machado em punho (ou foice), todos embuscados atrás dos copos de água (água?) e das respectivas cadeiras. Depois a entrada da policia de choque que tentaria dispersar os meliantes com gás lacrimogéneo lançado de posições estratégicas nas galerias. E o povo! Ah o povo! Poderia finalmente levar uma granadita ou outra e lança-la bem lá para o meio. Ou quem sabe uma AK47, para saraivar quem se metesse à frente... Como seria bonito. Podia ser que assim mudassem os políticos que temos...
Não estou a fazer nenhum apelo à violência, descansem as mentes mais impressionadas. Mas estamos a precisar de outra revolução. Uma a sério, que mudasse alguma coisa.
Onde é que isto vai parar?
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Matemática, resultados, adições e subtracções
Tenho ouvido alguma da discussão que surgiu após os exames de matemática do 9º ano.
A maior critica vai para a facilidade de execução do exame, tendo logo saltado políticos e pais extremosos, ou "estrumosos", para a linha da frente da contestação: "A minha filha saiu do exame e disse que o exame era para deficientes" (foi uma das que ouvi na TSF, rádio que pensei ser de respeito); "O exame era muito fácil" (Senhores vários que não me pareceram ter qualquer conhecimento técnico para avaliar este tipo de coisa disseram esta frase vezes sem conta. Também a associação dos professores de matemática); "O governo quer reverter as estatísticas da forma mais fácil" e etc.. Um infindável número de coisas.
Mas, parece-me que todos se esqueceram de uma coisa muito importante e pergunto eu:
SE O EXAME ERA ASSIM TÃO FÁCIL COMO É QUE É POSSÍVEL QUE METADE DOS ALUNOS TENHA CHUMBADO???
Não vos parece uma pergunta lógica? Bem dizia o Secretário de Estado da Educação que os resultados não tinham sido nada satisfatórios. Pois não! Então o exame até por alunos de anos anteriores podia ser feito (segundo algumas línguas) e nem assim passaram... Algo está podre nos reinos de Portucale!
A maior critica vai para a facilidade de execução do exame, tendo logo saltado políticos e pais extremosos, ou "estrumosos", para a linha da frente da contestação: "A minha filha saiu do exame e disse que o exame era para deficientes" (foi uma das que ouvi na TSF, rádio que pensei ser de respeito); "O exame era muito fácil" (Senhores vários que não me pareceram ter qualquer conhecimento técnico para avaliar este tipo de coisa disseram esta frase vezes sem conta. Também a associação dos professores de matemática); "O governo quer reverter as estatísticas da forma mais fácil" e etc.. Um infindável número de coisas.
Mas, parece-me que todos se esqueceram de uma coisa muito importante e pergunto eu:
SE O EXAME ERA ASSIM TÃO FÁCIL COMO É QUE É POSSÍVEL QUE METADE DOS ALUNOS TENHA CHUMBADO???
Não vos parece uma pergunta lógica? Bem dizia o Secretário de Estado da Educação que os resultados não tinham sido nada satisfatórios. Pois não! Então o exame até por alunos de anos anteriores podia ser feito (segundo algumas línguas) e nem assim passaram... Algo está podre nos reinos de Portucale!
segunda-feira, 30 de junho de 2008
EDP, Reclamações e Favorzinhos
Esta surpreendente notícia surge no "Jornal de Negócios" online no dia 16/06/2008:
"Consumidores podem evitar subida da luz
Os cerca de seis milhões de consumidores de electricidade em Portugal têm nas mãos o poder de evitar um novo agravamento na factura mensal da luz. A ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propõe que os custos com as dívidas incobráveis da electricidade passem a ser pagos por todos, por via da tarifa. Os consumidores têm, no entanto, a possibilidade de manifestar-se contra esta medida, no âmbito da consulta pública em curso até ao dia 7 de Julho."
Importado com estas coisas como sou, resolvi escrever um e-mail à ERSE, que passo a transcrever. Infelizmente, numa rápida consulta ao portal deste "Entidade" percebi que a consulta pública, talvez para poupar os senhores de lerem milhares de opiniões que por certo iriam surgir, está delimitada ao máximo a associações de consumidores ou entidades públicas ou provadas com interesse no sector! Eu, um simples cidadão, não vejo as minhas letras lidas! Mandei na mesma!
Exmos Srs,
No âmbito do processo de consulta pública sobre a repartição dos valores de dívidas à EDP por todos os consumidores, cabe-me, enquanto utilizador dos serviços daquela empresa, manifestar o seguinte:
- Eu cumpro com as minhas obrigações para com os meus fornecedores, seja a nível particular seja a nível empresarial.
- Ninguém paga por mim as dívidas que eu tenho. Se quiserem posso sempre remeter para a ERSE algumas facturas de fornecedores. Podem crer que me dava um jeitão!
- Não tenho culpa alguma que a EDP não consiga cobrar as suas dívidas. Quando eu não o posso fazer fico, em bom português, "a arder com o dinheiro"!
- Já me chega tudo aquilo que pago em impostos, enquanto cidadão honesto e trabalhador que cada vez mais, especialmente com propostas ridículas como esta, penso em deixar de ser, pois vejo que aos bandidos os outros até pagam as dívidas.
Assim, penso que pelo pouco expresso nas linhas anteriores se consegue perceber que eu me manifesto absolutamente contra qualquer tipo de decisão sequer semelhante a esta.
Obrigado,
(esta parte já não faz parte da mensagem enviada)
P.S.: Queria agradecer aos senhores presidentes da ERSE e da EDP o favorzinho de me pagarem a alface que ficou ontem por pagar na mercearia e o pão na padaria.
"Consumidores podem evitar subida da luz
Os cerca de seis milhões de consumidores de electricidade em Portugal têm nas mãos o poder de evitar um novo agravamento na factura mensal da luz. A ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propõe que os custos com as dívidas incobráveis da electricidade passem a ser pagos por todos, por via da tarifa. Os consumidores têm, no entanto, a possibilidade de manifestar-se contra esta medida, no âmbito da consulta pública em curso até ao dia 7 de Julho."
Importado com estas coisas como sou, resolvi escrever um e-mail à ERSE, que passo a transcrever. Infelizmente, numa rápida consulta ao portal deste "Entidade" percebi que a consulta pública, talvez para poupar os senhores de lerem milhares de opiniões que por certo iriam surgir, está delimitada ao máximo a associações de consumidores ou entidades públicas ou provadas com interesse no sector! Eu, um simples cidadão, não vejo as minhas letras lidas! Mandei na mesma!
Exmos Srs,
No âmbito do processo de consulta pública sobre a repartição dos valores de dívidas à EDP por todos os consumidores, cabe-me, enquanto utilizador dos serviços daquela empresa, manifestar o seguinte:
- Eu cumpro com as minhas obrigações para com os meus fornecedores, seja a nível particular seja a nível empresarial.
- Ninguém paga por mim as dívidas que eu tenho. Se quiserem posso sempre remeter para a ERSE algumas facturas de fornecedores. Podem crer que me dava um jeitão!
- Não tenho culpa alguma que a EDP não consiga cobrar as suas dívidas. Quando eu não o posso fazer fico, em bom português, "a arder com o dinheiro"!
- Já me chega tudo aquilo que pago em impostos, enquanto cidadão honesto e trabalhador que cada vez mais, especialmente com propostas ridículas como esta, penso em deixar de ser, pois vejo que aos bandidos os outros até pagam as dívidas.
Assim, penso que pelo pouco expresso nas linhas anteriores se consegue perceber que eu me manifesto absolutamente contra qualquer tipo de decisão sequer semelhante a esta.
Obrigado,
(esta parte já não faz parte da mensagem enviada)
P.S.: Queria agradecer aos senhores presidentes da ERSE e da EDP o favorzinho de me pagarem a alface que ficou ontem por pagar na mercearia e o pão na padaria.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Gastronomias, pratos tradicionais e turismo
Demorei vários dias a recuperar do estômago, depois de tanto frango. Ele foi de cabidela, assado, frito, em canja, já nem sei. Frango até encher. Frango de perna aberta, de olhos fechados, de todas as formas e feitios!
Ainda não acredito naquilo que aconteceu! Até admitia um golo ou outro mas o Ricardo, que já anda há muito a virar frangos, decidiu que a baliza portuguesa poderia ser a menina vendida do campeonato europeu. Obrigado, Ricardo. Sempre trazemos alguma coisa para casa!
Até para o turismo é bom: a turistada vem a Portugal e gosta muito do "chicken piri-piri", prato internacionalmente conhecido e que muito boa gente faz gala em experimentar. Agora ainda vão ficar mais convencidas pois, apesar dos restaurantes que para aí há que se apelidam de "rei do frango", o verdadeiro REI DO FRANGO é conhecido de toda a Europa, de todo o Mundo até. Basta ao Ricardo abrir uma tasca com um fogareiro no quintal e vai ser só fazer dinheiro! Também não sei se terá algum outro emprego. Aquelas mãos nem para apanha bolas servem!
Mas pronto, basta de tristezas. Já chega, vou recuperar o aparelho digestivo para outro lado qualquer. Vou talvez comer um caviarzito, ou beber um café branco a acompanhar salcichas e paella! Não quero saber de mais nada!
Mas aquilo que quero mesmo deixar é uma sugestão: o último anúncio do Chevrolet AVEO. É uma paródia engraçada a uma outra marca! Quanto ao carro, não me diz nada.
http://www.youtube.com/watch?v=MOpV6-U7jq0
Ainda não acredito naquilo que aconteceu! Até admitia um golo ou outro mas o Ricardo, que já anda há muito a virar frangos, decidiu que a baliza portuguesa poderia ser a menina vendida do campeonato europeu. Obrigado, Ricardo. Sempre trazemos alguma coisa para casa!
Até para o turismo é bom: a turistada vem a Portugal e gosta muito do "chicken piri-piri", prato internacionalmente conhecido e que muito boa gente faz gala em experimentar. Agora ainda vão ficar mais convencidas pois, apesar dos restaurantes que para aí há que se apelidam de "rei do frango", o verdadeiro REI DO FRANGO é conhecido de toda a Europa, de todo o Mundo até. Basta ao Ricardo abrir uma tasca com um fogareiro no quintal e vai ser só fazer dinheiro! Também não sei se terá algum outro emprego. Aquelas mãos nem para apanha bolas servem!
Mas pronto, basta de tristezas. Já chega, vou recuperar o aparelho digestivo para outro lado qualquer. Vou talvez comer um caviarzito, ou beber um café branco a acompanhar salcichas e paella! Não quero saber de mais nada!
Mas aquilo que quero mesmo deixar é uma sugestão: o último anúncio do Chevrolet AVEO. É uma paródia engraçada a uma outra marca! Quanto ao carro, não me diz nada.
http://www.youtube.com/watch?v=MOpV6-U7jq0
quarta-feira, 18 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
Alguém está avariadinho da cabeça!
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Para que servem as facas
Depois de conseguir ultrapassar os últimos dias e de ter recuperado do susto, sinto-me de volta à vida. Já consigo respirar, já consigo andar.
Estava por aqui a matutar o que iria escrever aqui hoje quando, e desprezando as notícias sobre o futebol, me lembrei que a segunda-feira é sempre um bom dia para uma receitazinha. Não sei porquê mas parece-me que sim.
Rebuscando na cabeça, não me lembro de nada interessante para divulgar aqui (é sempre assim: quando preciso não me lembro de nada), pelo que vou recorrer a uns companheiros de internet e divulgar a sua página.
Quanto a vós, leitores de bom senso, tenham sempre o cuidado de escolher algo que saibam à partida que vão ter hipóteses de concretizar, mesmo que nunca o tenham feito mas que pareça, pelo menos, ao vosso alcance. Não se ponham a fazer receitas que exigem forno se não o tiverem, não façam coisas com ovos se os mesmos estiverem ainda na mercearia, não pensem em utilizar aquele ingrediente exótico só encontrado no meio do deserto Australiano, pois é garantido que vão demorar um bocadinho a jantar. Portanto, como ponto de partida, manter simples!
O próximo passo é saber o que apetece comer.
Muito bem. A morada é www.culinarias.net . É um local já conhecido daqueles que procuram um pouco de inspiração para fazer frente à monotonia dos dias. Lá podem encontrar muitas receitas que podem servir de base à vossa própria inspiração ou que podem simplesmente seguir.
Aproveito também para lançar o movimento "Não às facas de cortar manteiga no pino do verão em cima de uma chapa de zinco ao sol". Malta: as facas são para afiar, porque só afiadas é que cortam e cortar é a sua função. Se bem que existem uns quantos esquisitos que têm jogos completos de facas a decorar a bancada da cozinha, essa não é a verdadeira função de uma faca. Cortar, isso sim.
Sem mais vos deixo ir explorar o que quiserem por onde quiserem.
Estava por aqui a matutar o que iria escrever aqui hoje quando, e desprezando as notícias sobre o futebol, me lembrei que a segunda-feira é sempre um bom dia para uma receitazinha. Não sei porquê mas parece-me que sim.
Rebuscando na cabeça, não me lembro de nada interessante para divulgar aqui (é sempre assim: quando preciso não me lembro de nada), pelo que vou recorrer a uns companheiros de internet e divulgar a sua página.
Quanto a vós, leitores de bom senso, tenham sempre o cuidado de escolher algo que saibam à partida que vão ter hipóteses de concretizar, mesmo que nunca o tenham feito mas que pareça, pelo menos, ao vosso alcance. Não se ponham a fazer receitas que exigem forno se não o tiverem, não façam coisas com ovos se os mesmos estiverem ainda na mercearia, não pensem em utilizar aquele ingrediente exótico só encontrado no meio do deserto Australiano, pois é garantido que vão demorar um bocadinho a jantar. Portanto, como ponto de partida, manter simples!
O próximo passo é saber o que apetece comer.
Muito bem. A morada é www.culinarias.net . É um local já conhecido daqueles que procuram um pouco de inspiração para fazer frente à monotonia dos dias. Lá podem encontrar muitas receitas que podem servir de base à vossa própria inspiração ou que podem simplesmente seguir.
Aproveito também para lançar o movimento "Não às facas de cortar manteiga no pino do verão em cima de uma chapa de zinco ao sol". Malta: as facas são para afiar, porque só afiadas é que cortam e cortar é a sua função. Se bem que existem uns quantos esquisitos que têm jogos completos de facas a decorar a bancada da cozinha, essa não é a verdadeira função de uma faca. Cortar, isso sim.
Sem mais vos deixo ir explorar o que quiserem por onde quiserem.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Tenho que abrir a porta...
13/06/2008
00h05
Está a passar a noite de Sto António. Devo confessar que fugi de casa. Fugi com todos os pés que tenho. E para quem possa pensar que só tenho 2, devo esclarecer que nesta altura, só para sair dali, ganho pelo menos mais 3 pares, o que, segundo as minhas contas me deixa com 8 pés. O mais dificil é mesmo arranjar sapatos para tanto pé. Mas, o que é facto mesmo, é que me pirei com toda a velocidade que consegui encontrar.
Agora escrevo do meu "bunker", isolado, apenas com o rádio onda média a crispar as ondas sonoras à minha volta, com sons cuspidos, felizmente em português. Ao meu lado a vela arde lentamente, projectando as suas tenebrosas sombras nas paredes nuas e sem janelas.
00h59
Não posso fumar. Não há ventilação alguma.
01h38
Tenho aliás, que respirar cada vez mais devagar, cada vez mais pausadamente, cada vez mais enebriado. O pânico começa a tomar o seu lugar na minha mente.
02h00
Aho que já não sinto a perna esquerda. Quanto tempo mais tem que durar esta privação? Quanto tempo mais?
02h41
De fora nada vem. Nem um som abafado. Nem um piar de passarinho.
02h50
Já não tenho os pés a mais. Consegui deixá-los. Desapareceram.
As vozes ocupam o lugar deles. Duas vozes discutem na minha cabeça. E o mais ridiculo é que nenhuma delas é a minha. Tenho uma discussão alheia na cabeça! O que puderá ser pior? Vozes alteradas discutem coisas sem sentido e nenhuma delas é a minha... Será a falta de oxigénio?
02h56
Parecem discutir coisas inúteis. Parecem discutir elementos do desenho de uma casa. Parecem discutir números, medidas, cotas...
02h58
Acabo de acordar. O rádio caiu e já não sai uma única onda poluidora. Apenas as vozes que se aproximam. Não... estão a afastar-se. Parecem estar cada vez mais silenciosas. Mas ainda alteradas. Que coisa esquisita.
03h15
Acho que vou abrir a porta. Prefiro a cidade inundada de vinho e cerveja, o país a mergulhar no caos da desordem, a falta de combustiveis ou de comida no supermercado, a suportar isto. Caramba. Agora parecem ter vindo falar comigo. E não é que eu respondi?
03h25
Estou abalado. Vou abrir a porta.
03h40
Tenho que conseguir abrir a porta! Mas o que será que me espera? Quem estará desta vez em greve a contestar o governo? Será que a ASAE já fechou todos os barracos que vendem febras e cerveja, ou vinho e sardinhas? Será que vai já acabar, finalmente, com os milhares de intoxicações alimentares que todos os anos acontecem por causa da sardinha que se assa em brasa não higienizada? Ouvi dizer que o ano passado, foram pelo menos 3200 pessoas, entre elas muitos turistas apanhados desprevenidos nas malhas do "very tipical" e da sardinha fora do frio há pelo menos 2 minutos antes de ir para a brasa (não higienizada, já se vê). Acho que os hospitais do país se encheram, tal foi a onda de indisposições. Estava a ver que a ASAE não intervia...
04h05
Tenho que abrir a porta...
04h09
Começaram os temores e acho que estou a alucinar.
Fujam! Fujam! Salve-se quem puder! Vêm aí os camionistas! Acudam! Salvem-me! Dizem que têm ordens para me mandar para a festa! Acudam! É o piquete de greve! Acudam!
00h05
Está a passar a noite de Sto António. Devo confessar que fugi de casa. Fugi com todos os pés que tenho. E para quem possa pensar que só tenho 2, devo esclarecer que nesta altura, só para sair dali, ganho pelo menos mais 3 pares, o que, segundo as minhas contas me deixa com 8 pés. O mais dificil é mesmo arranjar sapatos para tanto pé. Mas, o que é facto mesmo, é que me pirei com toda a velocidade que consegui encontrar.
Agora escrevo do meu "bunker", isolado, apenas com o rádio onda média a crispar as ondas sonoras à minha volta, com sons cuspidos, felizmente em português. Ao meu lado a vela arde lentamente, projectando as suas tenebrosas sombras nas paredes nuas e sem janelas.
00h59
Não posso fumar. Não há ventilação alguma.
01h38
Tenho aliás, que respirar cada vez mais devagar, cada vez mais pausadamente, cada vez mais enebriado. O pânico começa a tomar o seu lugar na minha mente.
02h00
Aho que já não sinto a perna esquerda. Quanto tempo mais tem que durar esta privação? Quanto tempo mais?
02h41
De fora nada vem. Nem um som abafado. Nem um piar de passarinho.
02h50
Já não tenho os pés a mais. Consegui deixá-los. Desapareceram.
As vozes ocupam o lugar deles. Duas vozes discutem na minha cabeça. E o mais ridiculo é que nenhuma delas é a minha. Tenho uma discussão alheia na cabeça! O que puderá ser pior? Vozes alteradas discutem coisas sem sentido e nenhuma delas é a minha... Será a falta de oxigénio?
02h56
Parecem discutir coisas inúteis. Parecem discutir elementos do desenho de uma casa. Parecem discutir números, medidas, cotas...
02h58
Acabo de acordar. O rádio caiu e já não sai uma única onda poluidora. Apenas as vozes que se aproximam. Não... estão a afastar-se. Parecem estar cada vez mais silenciosas. Mas ainda alteradas. Que coisa esquisita.
03h15
Acho que vou abrir a porta. Prefiro a cidade inundada de vinho e cerveja, o país a mergulhar no caos da desordem, a falta de combustiveis ou de comida no supermercado, a suportar isto. Caramba. Agora parecem ter vindo falar comigo. E não é que eu respondi?
03h25
Estou abalado. Vou abrir a porta.
03h40
Tenho que conseguir abrir a porta! Mas o que será que me espera? Quem estará desta vez em greve a contestar o governo? Será que a ASAE já fechou todos os barracos que vendem febras e cerveja, ou vinho e sardinhas? Será que vai já acabar, finalmente, com os milhares de intoxicações alimentares que todos os anos acontecem por causa da sardinha que se assa em brasa não higienizada? Ouvi dizer que o ano passado, foram pelo menos 3200 pessoas, entre elas muitos turistas apanhados desprevenidos nas malhas do "very tipical" e da sardinha fora do frio há pelo menos 2 minutos antes de ir para a brasa (não higienizada, já se vê). Acho que os hospitais do país se encheram, tal foi a onda de indisposições. Estava a ver que a ASAE não intervia...
04h05
Tenho que abrir a porta...
04h09
Começaram os temores e acho que estou a alucinar.
Fujam! Fujam! Salve-se quem puder! Vêm aí os camionistas! Acudam! Salvem-me! Dizem que têm ordens para me mandar para a festa! Acudam! É o piquete de greve! Acudam!
domingo, 8 de junho de 2008
Coragem Cambada!
E bom. Portugal lá ganhou o primeiro jogo. Já desliguei a televisão. Está escura desde ontem. Mesmo assim ainda deu para ver a tristeza das festas por todo o país e estrangeiro como se esta vitória significasse que fomos campeões. São aquelas coisas que só consigo entender do ponto de vista da necessidade que o povo tem de extravasar as suas mágoas acumuladas. Se não de que outra forma poderiamos explicar a histeria, as buzinadelas, o barulho, a malta louca na rua...
É claro que os rodapés dos telejornais passaram despercebidos no meio de tanta euforia, mas contrastavam fortemente com o clima geral.
Já agora, uma nota ao seleccionador nacional (eu não percebo rigorosamente nada de futebole e não quero perceber mas quase que até um cego vê!): Deixe de jogar à defesa; deixe lá de pensar que um golo de diferença é um bom resultado! É que de um momento para o outro, com tanto medo com que a nossa equipa fica, ainda levamos um ou dois sem saber de onde! Coragem cambada!
E o último apontamento, de um final de noite alucinante, envolto em sons dos anos 60 e 70, vai para a música: realmente pouco se tem inventado nos últimos 20 anos no que a isto diz respeito. No meio de tanto Led Zepplin, Peter Frampton, Jimmy Endrix, Eric Clapton, Stones, Melanie Safka e muitos outros grandes da música dessas duas décadas, apenas uns honrosos dois nomes surgiram como icones da qualidade da música dos anos 90: Verve e U2. Apenas estes conseguiram penetrar a barreira da qualidade. Estou esperançoso de que mais venha mas é tudo tão parecido com o que já foi feito... E tão bem feito. Alucinei durante quatro horas ao som de guitarras, baterias, vozes, arranjos, tudo frenético, tudo puro, mesmo aquilo que já começava a roçar o electrónico. Não sou propriamente um novato nestas coisas, mas há sempre tanto para redescobrir! Há letras fantásticas que se perdem no tempo, intervensões ou códigos escondidos. Há um rol de tudo que hoje quase se transforma num belo monte de nada.
Fica, por exemplo, a sugestão do poder do rock de "Motherless Childreen", Eric Clapton, 461 Ocean Boulevard, 1974. (Até este senhor parece ter-se perdido!)
Deixem voltar a pureza da guitarra, das vozes e dos arranjos puros! Já não se pode com estas bandas pop/rock/sei lá o quê britanicas e norte americanas que fazem todas a mesma coisa: barulho, barulho e mais barulho, sem qualquer preocupação do que isso possa fazer aos ouvidos e cérebros mais desatentos.
Coragem Cambada! Toca a fazer novo!
É claro que os rodapés dos telejornais passaram despercebidos no meio de tanta euforia, mas contrastavam fortemente com o clima geral.
Já agora, uma nota ao seleccionador nacional (eu não percebo rigorosamente nada de futebole e não quero perceber mas quase que até um cego vê!): Deixe de jogar à defesa; deixe lá de pensar que um golo de diferença é um bom resultado! É que de um momento para o outro, com tanto medo com que a nossa equipa fica, ainda levamos um ou dois sem saber de onde! Coragem cambada!
E o último apontamento, de um final de noite alucinante, envolto em sons dos anos 60 e 70, vai para a música: realmente pouco se tem inventado nos últimos 20 anos no que a isto diz respeito. No meio de tanto Led Zepplin, Peter Frampton, Jimmy Endrix, Eric Clapton, Stones, Melanie Safka e muitos outros grandes da música dessas duas décadas, apenas uns honrosos dois nomes surgiram como icones da qualidade da música dos anos 90: Verve e U2. Apenas estes conseguiram penetrar a barreira da qualidade. Estou esperançoso de que mais venha mas é tudo tão parecido com o que já foi feito... E tão bem feito. Alucinei durante quatro horas ao som de guitarras, baterias, vozes, arranjos, tudo frenético, tudo puro, mesmo aquilo que já começava a roçar o electrónico. Não sou propriamente um novato nestas coisas, mas há sempre tanto para redescobrir! Há letras fantásticas que se perdem no tempo, intervensões ou códigos escondidos. Há um rol de tudo que hoje quase se transforma num belo monte de nada.
Fica, por exemplo, a sugestão do poder do rock de "Motherless Childreen", Eric Clapton, 461 Ocean Boulevard, 1974. (Até este senhor parece ter-se perdido!)
Deixem voltar a pureza da guitarra, das vozes e dos arranjos puros! Já não se pode com estas bandas pop/rock/sei lá o quê britanicas e norte americanas que fazem todas a mesma coisa: barulho, barulho e mais barulho, sem qualquer preocupação do que isso possa fazer aos ouvidos e cérebros mais desatentos.
Coragem Cambada! Toca a fazer novo!
sábado, 7 de junho de 2008
Voltem passeios no centro comercial!
Finalmente um dia de Sol. E depois de tanta chuva (muita coisa tem caído por aí) pode ser que o Verão fique por cá.
Hoje é o dia inicial do Europeu de Futebol. Como sempre, em Portugal não se fala de outra coisa. Depois da surreal emissão dos canais abertos da passada semana sobre a partida da selecção para a Suíça, o que virá? É que no Domingo passado só faltou ficarmos a saber a côr das cuecas de cada jogador, elemento técnico e até do piloto ou da hospedeira. Quanta inutilidade. Voltem filmes da treta das tardes de domingo! Voltem programas de "família"! Voltem passeios no centro comercial!
O país está tão enredado nesta pseudo-euforia que, mais uma vez, se vai esquecer se si próprio. E o "eu" deste país, tal como o de outro qualquer, passa por tanta outra coisa... Se querem enaltecer a imagem do "cantinho à beira mar plantado" porque não olhar também para outros portugueses grandiosos? Será que, quando for a altura da partida dos atletas nacionais para os jogos olímpicos vamos ver esta euforia? Não me parece. Não interessa às televisões, logo, não interessa ao povo.
Vamos ter uma participação extraordinária na edição deste ano dos jogos olimpicos, com uma selecção recheada de campeões do mundo, campeões da europa, campeões disto, daquilo e, na verdade, ninguém lhes liga nenhuma. Ninguém quer saber se arrumam o casaco no compartimento das bagagens ou se tiram as cuecas do cú utilizando o dedo mindinho! (Bom, esta última imagem também não é das mais agradáveis!).
Concentremo-nos povo! Concentremo-nos em nós que isto não vai fácil!
E por favor, agora me lembro, alguém diga à Manuela Moura Guedes que aquilo já não é para ela. Já foi. Já demos para esse peditório! Deixai as caras novas (e algumas bem giras por sinal) darem-nos as noticias. As boas e as más!
Já basta termos que levar com as carantanhas de Sócrates, de Manuelas F. Leite, de Jardins, Pintos da Costa, Luises Filipes Vieira, Pedros Santanas Lopes, e tantos outros que tais que nos entram pela casa dentro sem pedir licença.
Vou desligar a televisão. Não nego que seja apenas após ver o jogo de Portugal, mas vou desligá-la.
Vou passear para o centro comercial.
Hoje é o dia inicial do Europeu de Futebol. Como sempre, em Portugal não se fala de outra coisa. Depois da surreal emissão dos canais abertos da passada semana sobre a partida da selecção para a Suíça, o que virá? É que no Domingo passado só faltou ficarmos a saber a côr das cuecas de cada jogador, elemento técnico e até do piloto ou da hospedeira. Quanta inutilidade. Voltem filmes da treta das tardes de domingo! Voltem programas de "família"! Voltem passeios no centro comercial!
O país está tão enredado nesta pseudo-euforia que, mais uma vez, se vai esquecer se si próprio. E o "eu" deste país, tal como o de outro qualquer, passa por tanta outra coisa... Se querem enaltecer a imagem do "cantinho à beira mar plantado" porque não olhar também para outros portugueses grandiosos? Será que, quando for a altura da partida dos atletas nacionais para os jogos olímpicos vamos ver esta euforia? Não me parece. Não interessa às televisões, logo, não interessa ao povo.
Vamos ter uma participação extraordinária na edição deste ano dos jogos olimpicos, com uma selecção recheada de campeões do mundo, campeões da europa, campeões disto, daquilo e, na verdade, ninguém lhes liga nenhuma. Ninguém quer saber se arrumam o casaco no compartimento das bagagens ou se tiram as cuecas do cú utilizando o dedo mindinho! (Bom, esta última imagem também não é das mais agradáveis!).
Concentremo-nos povo! Concentremo-nos em nós que isto não vai fácil!
E por favor, agora me lembro, alguém diga à Manuela Moura Guedes que aquilo já não é para ela. Já foi. Já demos para esse peditório! Deixai as caras novas (e algumas bem giras por sinal) darem-nos as noticias. As boas e as más!
Já basta termos que levar com as carantanhas de Sócrates, de Manuelas F. Leite, de Jardins, Pintos da Costa, Luises Filipes Vieira, Pedros Santanas Lopes, e tantos outros que tais que nos entram pela casa dentro sem pedir licença.
Vou desligar a televisão. Não nego que seja apenas após ver o jogo de Portugal, mas vou desligá-la.
Vou passear para o centro comercial.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Estará o mundo a afundar, ou ainda haverá um lugar para a esperança?

Pois bem. Talvez seja um bocado pessimista mas isto de aumentos de preços, aumento disto, aumento daquilo... Temos mesmo é que voltar ao campo, sujar as mãos de terra.
Este mundo está a ser governado por pessoas que nunca sentiram o cheiro da terra nas suas mãos, nunca acariciaram um fruto na árvore para logo a seguir lhe ferrar uma dentada e sentir o seu doce sabor (do fruto, obviamente).
Não é uma revolta aquilo que precisamos. Quanto a mim, precisamos de muitas revoltas, uma por cada ser humano, pois o verdadeiro movimento começa em nós.
A massa só vai para onde quer o mandante. O ser, esse, é livre!
Nota: Para a próxima, vou tentar falar de outras coisas. Mais alegres, por ventura.
Mucosidade inicial
Uma mensagem inaugural é apenas isso e não mais.
Como descrito no titulo pode ser encontrado aqui um pouco de tudo desde a vida, o mundo, fotografia, teatro, música, cozinha... até politica (de vez em quando), pois agora que elegeram a Manuela Ferreira Leite lá no PSD isto vai continuar a ser um país de velhos! Mas será que os pombos de sempre não largam o poleiro? É que já estamos fartos da merda deles! E das penas, que já fazem alergia.
Qualquer dia reelegem o Mário Soares! Ou vão buscar os mortos para isto continuar ainda mais tacanho!
Nem à esquerda se safam. Também, à esquerda de quê? Se calhar é este o problema. Perdemos o norte, a esquerda e a direita e já não sabemos muito bem a quantas andamos...
É melhor passar a outros temas. Brevemente, brevemente.
Como descrito no titulo pode ser encontrado aqui um pouco de tudo desde a vida, o mundo, fotografia, teatro, música, cozinha... até politica (de vez em quando), pois agora que elegeram a Manuela Ferreira Leite lá no PSD isto vai continuar a ser um país de velhos! Mas será que os pombos de sempre não largam o poleiro? É que já estamos fartos da merda deles! E das penas, que já fazem alergia.
Qualquer dia reelegem o Mário Soares! Ou vão buscar os mortos para isto continuar ainda mais tacanho!
Nem à esquerda se safam. Também, à esquerda de quê? Se calhar é este o problema. Perdemos o norte, a esquerda e a direita e já não sabemos muito bem a quantas andamos...
É melhor passar a outros temas. Brevemente, brevemente.
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